ESPUMANTE BRASILEIRO

 

 

Números, neste caso, valem mais que palavras: de 2013 para 2014, a venda de vinhos brancos e espumantes tiveram um aumento de 80% no portfólio da importadora e distribuidora LD Ltda, do empresário Licínio Dias, que atende 150 restaurantes, de grande e médio porte na Região Metropolitana do Recife. Nesse contexto, os espumantes e champanhes foram responsáveis por 50%. Tem mais: se, neste mesmo período, os brancos (entenda-se tranquilos ou borbulhantes) eram apenas 10% do total dos rótulos disponíveis, hoje eles são 30%, avançando devagar, mas decisivos, sobre a fatia dos tintos, ainda os preferidos. Os países produtores mais procurados, na ordem de importância: Chile, Portugal, Argentina, Espanha e Itália, mas Portugal já consagrado com os tintos tem mostrado vigor para conquistar a hegemonia, garante a diretora administrativo-financeira da LD, Jorgeane Meriguette.

O ressurgimento dos brancos na preferência do consumidor depois de décadas no ostracismo da rejeição tem tudo a ver com uma adequação óbvia, mas que até então vinha sendo ignorada: mais leves (sem taninos) e frescos (podem ser servidos gelados) são perfeitos para quem, como nós, vive eterna e intrinsecamente ligado ao trinômio água + sol + atividades ao ar livre. Muitos atribuem o hiato à forma como os vinhos brancos nos foram inicialmente introduzidos, com os exemplares adocicados e nem sempre de boa qualidade trazidos da Europa.Vinhos são como pessoas: leva-se uma vida para construir uma reputação, mas relativamente pouco tempo para arruiná-la.

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